A fotografia surge como uma possibilidade mais precisa de retratar o dito real, libertando o gesto e  as mãos na captura da imagem, atitudes coerentes com a revolução industrial, período que ela estava inserida. Tanto que Baudelaire afirmou que ela nunca atingiria o patamar de arte. Felizmente suas previsões nesse caso estavam equivocadas.
Hoje vemos a fotografia alça voos, possibilidades e formatos incrivelmente distanciados do mero registro, distanciadas das imposições que um dia lhe fora atribuída. Tentaremos discutir quando isso se apresentou e como, expor ao aluno as possibilidades de atuação e intervenção tanto no objeto a ser fotografado, quanto no aparato fotográfico ou mesmo na pós produção, como mecanismos de construção de uma fotografia expandida, ilustrar os encontros com obras de vários artistas que procuram expandir o conceito de fotografia, mostrar como o mercado de arte absorveu pós anos 80 essa produção, e tentar refletir se podemos considerar essa prática como foto ou não, e até mesmo se é valida essa discussão e catalogação.
Procuraremos utilizar como apoio textos de filósofos e teóricos como, Vilém Flusser, Joan Fontcuberta, Katia Maciel, Philippe Dubois dentre outros. E buscaremos provocar os participantes a produzir um trabalho, dentro da poética e preocupações críticas que sua produção imagética vem debruçada até aqui, mas que possa ser representativo e encaixar-se portanto no conceito de fotografia expandida.
 
 
Bibliografia sugerida:
 
Flusser, Vilém: A Filosofia da caixa prets: Ensaios para uma futura filosofia da fotografia, Rio de Janeiro, 2002 Editora Relume Dumará.
 
Fontcuberta, Joan: A câmera de Pandora: A Fotografi@ depois da fotografia, Barcelona, 2010 Editorial Gustavo e Gil.
 
Maciel, Katia: Transcinema,Rio de Janeiro, 2009 Editora Contra Capa.
 
Cotton, Charlotte: A fotografia como arte contemporânea, São Paulo, 2010 Editora Martins Fontes